Antes de mais nada, durante a gestação há um estado de resistência à insulina e essa condição somada à intensa mudança nos mecanismos de controle da glicemia, devido ao consumo de glicose pelo embrião ou feto, pode contribuir para a ocorrência de alterações glicêmicas favorecendo o desenvolvimento de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG).
A Placenta funciona como um órgão endócrino durante a gestação, dessa forma, os hormônios placentários interferem no metabolismo lipídico, glicêmico e hidroeletrolítico materno visando fornecer ao feto todos os nutrientes necessários ao seu crescimento adequado.
Esses hormônios diabetogênicos tem finalidade hiperglicêmica, são eles: o Lactogênio placentário, Cortisol, Prolactina e Hormônio de crescimento. Eles podem promover redução da atuação da insulina em seus receptores e, consequentemente, um aumento da produção de insulina nas gestantes saudáveis. No entanto, as gestantes que já apresentam o seu limite na produção de insulina, apresentam insuficiência no aumento dessa produção e podem desenvolver a Diabetes Mellitus Gestacional.
As produções desses hormônios aumentam até a 24ª semana de gestação e quando a capacidade do pâncreas de produzir insulina é sobrepujada, resulta na hiperglicemia.
Assim, é sabido que o feto não é capaz de realizar a gliconeogenese e o seu crescimento depende do aporte de nutrientes maternos por via placentária. A resistência à insulina reduz a utilização da glicose na mãe, que por sua vez, é redirecionada para os tecidos fetais (para entender isso melhor, você precisa saber em resumo, que a insulina metaboliza a glicose, permitindo que a glicose penetre nas células e seja convertida em energia, como há resistência à insulina, a glicose não penetra nas células maternas e é redirecionada para o feto). O crescimento fetal é estabelecido pela passagem por via placentária de glicose, ácidos graxos e glicerol.
Ocorrem dois processos principais:
Anabolismo: ocorre entre a 24ª e 26ª semana de gestação, onde ocorre a formação de reservas maternas. Acontece o aumento da produção de lipídios e da glicogênese hepática com transferência preferencial de glicose para o feto. Dessa forma, ocorre fisiologicamente a redução da glicemia basal materna e de jejum.
Catabolismo: > 26ª semana de gestação, acontece o maior aporte energético para o feto. O metabolismo glicêmico visa suprir o feto com glicose e aminoácidos, portanto, utiliza os ácidos graxos livres e as cetonas como base para a produção da energia utilizada pela mãe. Por último, é observado um discreto aumento da resistência à insulina com o avanço da gestação por ação do hormônio lactogênio placentário e da prolactina.
Fontes:
Diretrizes sociedade brasileira de diabetes (2017/2018)
https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/2017/diretrizes/diretrizes-sbd-2017-2018.pdf
Caderno de Atenção Básica Diabetes Mellitus 2013
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_diabetes_mellitus_cab36.pdf
Gestação de alto risco 2012
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_tecnico_gestacao_alto_risco.pdf
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