As cardiopatias congênitas são anormalidades estruturais e funcionais do sistema cardiovascular de origem pré-natal e presentes ao nascimento. Assim, as malformações congênitas em sua maioria, resultam de alterações do desenvolvimento embrionário de uma estrutura que pode se desenvolver de forma insuficiente e incompleta desde o início.
A saber, as malformações congênitas são comuns, sendo responsáveis por até 5% das mortes neonatais, onde aproximadamente 30% das crianças morrem no primeiro mês de vida por crises de hipóxia ou insuficiência cardíaca.
Essas malformações congênitas são divididas baseada nas características hemodinâmicas ou nos padrões de fluxo sanguíneo.
Acianóticas de alto fluxo sanguíneo pulmonar, onde os defeitos permitem que o sangue circule do lado esquerdo (de alta pressão) para o direito (de baixa pressão), derivação esquerda para direita, resultando assim em maior fluxo sanguíneo pulmonar causando Insuficiência cardíaca congestiva (ICC).
Ex.: comunicação interatrial (CIA), a comunicação interventricular (CIV), persistência do canal arterial, persistência do canal atrioventricular.
Acianóticas por obstrução do fluxo sanguíneo na saída do coração, que impedem o fluir do sangue para fora dos ventrículos. Dessa forma, o sangue que sai do coração encontra uma área de estreitamento anatômico (estenose). A pressão no ventrículo e na grande artéria antes da obstrução está aumentada, e a pressão na área após a obstrução está diminuída (a estenose em geral é próxima á valva).
A obstrução do lado esquerdo do coração resulta em ICC e quando há obstrução severa do lado direito, causa cianose.
Ex.: Coarctação da aorta, Estenose aórtica e Estenose pulmonar.
Cianóticas de baixo fluo sanguíneo pulmonar, existe uma obstrução do fluxo sanguíneo pulmonar e um defeito anatômico (CIA ou CIV) entre os lados direito e esquerdo do coração. Assim, há dificuldade do sangue sair do lado direito do coração através da artéria pulmonar, e a pressão sobre o lado direito aumenta, excedendo a do lado esquerdo, causando hipoxemia e cianose.
Ex.: Tetralogia de Fallot (correspondendo a 10% de todas as cardiopatias) e Atresia tricúspide.
Cianóticas de fluxo sanguíneo misturado, onde os sangues saturado e insaturado se misturam dentro do coração ou dentro das grandes artérias. O quadro clinico é variável, a depender do grau de mistura e na quantidade de fluxo sanguíneo pulmonar.
Ex.: Transposição das grandes artérias, Retorno venoso pulmonar anômalo total, Tronco arterioso e Síndrome do coração esquerdo hipoplásico.
No Brasil, as cardiopatias congênitas possuem uma prevalência de 6/1000 crianças nascidas vivas e nos últimos 15 anos esses dados vêm aumentando para 9/1000 crianças. Cerca de 70% dos pacientes com cardiopatias graves não chegarão aos 18 anos de idade. Essas doenças que afetam o sistema cardiovascular estão entre as principais causas de óbitos no mundo chegando a 30%.
Referências:
Perfil clínico-hospitalar de crianças com cardiopatia congênita (2016).
Cardiopatias congênitas em crianças e adolescentes: caracterização clínico-epidemiológica em um hospital infantil de Manaus-AM (2017)
HOCKENBERRY, Marilyn J.; ALDIGHIERI, Alexandre Vianna (Trad.). Wong, fundamentos de enfermagem pediátrica. 10. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018
OLIVEIRA, R. G. Blackbook Pediatria. 5. Ed. Black Book, 2019
Os implantes dentários são uma solução eficaz e duradoura para substituir dentes perdidos, devolvendo a…
Bem-vindo ao universo mágico da beleza, onde cada curva, sorriso e expressão conta uma história…
Bem-vindo ao "O Guia Definitivo para o Desenvolvimento Fetal Saudável"! Se você está grávida ou…
Bem-vindos a uma expedição fascinante ao âmago da biologia do câncer, onde desvendaremos os mistérios…
Você é um apaixonado por futebol e não perde um jogo do seu time do…
Resumo da fisiopatologia da Diabetes Mellitus Gestacional.