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A GESTAÇÃO MULTIFETAL
A gemelaridade resulta da fertilização de óvulos múltiplos ou da divisão de um único óvulo fertilizado em mais de um embrião em um único ciclo ovulatório. Assim, as gestações multifetais consequentemente apresentam maiores riscos para a mãe e para o concepto. Onde a mãe pode apresentar mais frequentemente, hiperêmese gravídica, diabetes mellitus gestacional, anemia, hemorragia, parto cesariano, pré-eclâmpsia, descolamento prematuro de placenta e depressão pós-parto.
Contudo, os maiores riscos estão associados ao feto, como o aumento da mortalidade neonatal, prematuridade e lesões cerebrais em gemelares. Bem como, risco de abortamento espontâneo, malformações congênitas, restrição de crescimento intrauterino. Que iremos discutir em um próximo resumo as principais complicações.
CLASSIFICAÇÃO GESTAÇÃO MULTIFETAL
Em relação à zigozicidade à gravidez pode ser considerada monozigótica quando apenas um óvulo é fertilizado e este se divide em dois embriões distintos, com o mesmo conjunto de cromossomos em cada zigoto, sendo chamados também de gêmeos idênticos.
Já a gravidez dizigótica resulta da fecundação de dois óvulos separados que são geneticamente diferentes, e cada zigoto terá seu próprio conjunto de cromossomos, sendo denominados de gêmeos fraternos ou não idênticos.
De acordo com a corionicidade (monocoriônica e dicoriônica) e amniocidade (monoamniótica e diamniótica), a classificação é relacionada à placentação e a composição da membrana de uma gestação. Esta, deve ser considerada importante para o manejo clínico das gestações múltiplas, pois, quando a gravidez é monocoriônica (uma placenta) está apresenta maior risco de resultados adversos perinatais, com o aumento da mortalidade em até três vezes.
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FATORES QUE INFLUENCIAM A GEMELARIDADE
São considerados “fatores de risco” para a desenvolvimento de uma gestação multifetal: idade materna entre 15 e 37 anos (devido à máxima estimulação do hormônio folículo estimulante – FSH), tratamentos para infertilidade, como a tecnologia de reprodução assistida. E também, raça, multiparidade, hereditariedade materna, fatores nutricionais, interrupção de anticoncepcional oral (aumento do FSH).
ADAPTAÇÕES MATERNAS
A saber, em relação com o feto único, as cargas fisiológicas e probabilidade de complicações maternas graves são maiores com fetos múltiplos. Dessa forma, já no primeiro trimestre a elevação dos níveis de β-hCG faz com que essas mulheres apresentem náusea e vômitos excessivos.
Há também a expansão do volume sanguíneo em até 60% e mesmo havendo aumento dos glóbulos vermelhos, ainda é insuficiente nessas gestações. Juntamente com o aumento nas necessidades de ferro e de ácido fólico, há predisposição à anemia. Assim, a hipervolemia exacerbada desencadeia maior perda de sangue com o parto vaginal de gêmeos.
Na gestação multifetal, as mães podem apresentar também alterações em seus níveis pressóricos. Havendo então diminuição da pressão arterial diastólica, hipervolêmia e redução da resistência vascular periférica, provocando aumento do débito cardíaco em até 20%. Contudo, pode haver também o aumento da pressão arterial sistólica e risco de síndromes hipertensivas.
Continuando, nestas gestações também há aumento do útero maior do que nas de feto único, principalmente com gêmeos monozigóticos, havendo acumulo de grande volume de líquido amniótico. Havendo compressão e deslocamento das vísceras abdominais maternas pela expansão uterina, assim, o tamanho e o peso de um útero volumoso podem impedir que essas gestantes tenham uma vida ativa. Isto posto, havendo polidrâmnio, a função renal materna consequentemente sofrerá prejuízos.
Referências:
Obstetrícia de Williams – 24ª Edição/2016 – F. Gary Cunningham.
Tratado de Obstetrícia – FEBRASGO.
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