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CÂNCER DE MAMA NO BRASIL
Vamos iniciar uma sequência de Oncologia aqui no bloguinho e iremos iniciar pelo Câncer de mama.
O Câncer de mama é relatado há mais de 3 mil anos, sendo o mais frequente diagnóstico de neoplasia e o líder de mortes por câncer entre as mulheres no MUNDO! Assim, este o câncer que mais acomete as mulheres no Brasil, excetuando-se os tumores de pele não melanoma.
A saber, o tecido mamário é um tecido conjuntivo, gorduroso e com glândulas mamárias (tubuloalveolar – composta por 4 a 18 lóbulos irregulares que desembocam no mamilo). Onde, cada lóbulo se subdivide em lóbulos de ordens – menores: ductos que se comunicam com pequenas evaginações saculares → alvéolos mamários).
EPIDEMIOLOGIA
![Epidemiologia dos principais cânceres no Brasil, exceto os de pele não-melanoma.](https://annanasaude.com.br/wp-content/uploads/2021/06/image.png)
De acordo com o INCA, são estimados 66.280 casos novos → taxa de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres, sendo as taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste. (INCA, 2021).
FATORES DE RISCO PARA CÂNCER DE MAMA
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SINTOMATOLOGIA
Os principais sinais e sintomas são:
- Qualquer nódulo mamário em mulheres > 50 anos;
- Nódulo mamário em mulheres > 30 anos (persistindo por mais de 1 ciclo menstrual);
- Nódulo mamário de consistência endurecida e fixo ou com aumento progressivo;
- Descarga papilar sanguinolenta unilateral (mamilo);
- Lesão eczematosa da pele que não responde a tratamento tópico;
- Homens: 50 anos; tumoração palpável unilateral;
- Linfadenopatia axilar;
- Aumento progressivo do tamanho da mama + edema + pele com aspecto casca de laranja;
- Retração na pele da mama;
- Mudança no formato do mamilo.
CLASSIFICAÇÃO CÂNCER DE MAMA
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Em resumo, os principais tipos de carcinomas de mama são:
Carcinoma in situ
- Carcinoma ductual in situ (CDIS): tamanho variável, focos microscópicos (cm); quando palpado pode apresentar descarga hemorrágica pelo mamilo e necrose com posterior calcificação – diagnóstico mais frequente pela mamografia.
- Carcinoma lobular in situ (CLIS): difícil diagnóstico (não forma massa palpável); descoberta inesperada (biópsia); multifocal, multicêntrico e bilateral; alteração nos lóbulos mamários.
Carciona invasivo:
- Carciona ductual invasivo não específico é mais comum, cresce além dos ductos ou lóbulos. 70 a 80%.
- Carcinoma inflamatório é mais grave pela rápida evolução.
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DIAGNÓSTICO
Para definição do diagnóstico do Câncer de mama, é necessário realizar uma investigação para detectar a presença do tumor, se há metástase, comprometimento de órgãos e tecidos e realizar a classificação.
- Exames de Imagem e laboratoriais para confirmação da classificação TNM e estádio doença: Tomografia computadorizada (TC), TC por emissão de pósitrons (PET-scan); Cintilografia óssea; Biopsia.
- Imunohistoquimica: quantifica os receptores de estrogênio (RE) e de progesterona (RP) e o receptor tipo 2 do fator de crescimento epidérmico humano (b) → Proteína superexpressa em alguns tumores de mama. Antígeno Ki-67 (índice de proliferação celular).
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DETECÇÃO PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA
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TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA
Isto posto, o tratamento irá depender do tipo de câncer podendo ter metas diferentes, sendo estas: a cura, o controle ou o tratamento paliativo.
Podendo ser realizada a cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia, imunoterapia e a terapia alvo dependo da individualidade de cada paciente, do tipo e estágio do tumor e da condição clínica.
- Estágio I e II:
- Cirurgia conservadora ou mastectomia + radioterapia e/ou tratamento sistêmico.
- Estágio III:
- Quimioterapia inicial, se resposta adequada → cirurgia e radioterapia.
- Estágio IV:
- Resposta tumoral + prolongamento da sobrevida; Quimioterapia; Considerar efeitos colaterais.
PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA
- Primária: evitar o desenvolvimento do câncer → evitar exposição à fatores de risco; hábitos de vida saudáveis. Promoção da saúde.
- Secundária: detectar e tratar doenças pré-malignas ou CA assintomático inicial. Detecção precoce.
- Todavia, a amamentação, prática de atividade física e alimentação saudável, manutenção do peso corporal são consideradas fatores de proteção, ou seja, há um menor risco de desenvolvimento da doença.
REFERÊNCIAS
- MINISTÉRIO DA SAÚDE. INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER – INCA., 2021. Conceito e Magnitude. Disponível em: https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/conceito-e-magnitude.
- MOC – Manual de Oncologia Clínica do Brasil.14º ed. 2016.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER – INCA., 2021. Estadiamento. Disponível em: https://www.inca.gov.br/estadiamento. - MINISTÉRIO DA SAÚDE. INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER – INCA., 2021. Tipos de Câncer de Mama. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama.
- MINISTÉRIO DA SAÚDE. INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER – INCA., 2020. Mulher e Câncer de Mama no Brasil. Disponível em: https://www.inca.gov.br/exposicoes/mulher-e-o-cancer-de-mama-no-brasil.
- Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. ABC do câncer : abordagens básicas para o controle do câncer / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. – 6. ed. rev. atual. – Rio de Janeiro : INCA, 2020.
- BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 874, de 16 de maio de 2013.
- Instituto Nacional de Câncer. José Alencar Gomes da Silva. A situação do câncer de mama no Brasil: síntese de dados dos sistemas de informação. / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. – Rio de Janeiro: INCA, 2019.
- Diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil/ Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva – Rio de Janeiro: INCA, 2015.
- UNIÃO INTERNACIONAL CONTRA O CÂNCER. TNM: Classificação de Tumores Malignos. Tradução Instituto Nacional de Câncer. 7. ed. Rio de Janeiro: INCA, 2012. Vieira, S. C. Oncologia básica para profissionais de saúde. Teresina: EDUFPI, 2016.
- MINISTÉRIO DA SAÚDE. INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER – INCA., 2021. Tratamento Câncer de Mama. Disponível em: https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/acoes-de-controle/tratamento.
- MINISTÉRIO DA SAÚDE. INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER – INCA. Bases do Tratamento do Câncer, capítulo 6. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/acoes_cap6.pdf.
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