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Doença Hemolítica Perinatal
Primeiramente, é muito importante que o profissional de saúde, principalmente os da área de saúde da mulher, tenha o conhecimento mínimo de conhecimento sobre a Doença Hemolítica Perinatal (DHP), então este é o tema que iremos discutir neste resumo, Gestantes com Fator Rh negativo.
A DHP também chamada de Eritroblastose fetal, é definida como um tipo de anemia hemolítica que ocorre devido à incompatibilidade sanguínea materno-fetal, pela destruição precoce dos eritrócitos fetais que seguem em direção à circulação materna. Essa migração torna o sistema imune da gestante, sensível, levando à aloimunização, onde o corpo da mãe produz anticorpos que agem sobre os antígenos das hemácias fetais.
Esta reação ocorre, quando gestante fator Rh negativo (antígeno D) e feto Rh positivo (proveniente do pai), onde a mãe em algum momento foi sensibilizada anteriormente, em situação como a transfusão sanguínea incompatível, gestações prévias de feto Rh positivo, ou até mesmo em na sua vida fetal.
Diagnóstico Doença Hemolítica Perinatal
O diagnóstico da DHP ocorre durante o pré-natal, através doa solicitação dos exames laboratoriais. Onde, é verificado o grupo ABO e Rh, juntamente com uma pesquisa de anticorpos pelo teste de Coombs também chamado de teste antiglobulina.
A saber, todas as gestantes devem realizar o rastreio de anticorpos durante o pré-natal, lembrando que no Brasil, o teste de Coombs é realizado durante o segundo trimestre de gestação. Ou, ainda quando no primeiro trimestre identifica-se a mãe com fator Rh negativo.
Teste de Coombs indireto positivo com título ≥ 1/16 para anti-D e qualquer outros antígenos, especialmente o de Kell.
Dopplervelocimetria da artéria cerebral média com medida do pico de velocidade sistólica em cm/seg, com correção do ângulo de insonação. Dessa forma, relaciona-se o valor com anemia fetal moderada e grave.
Tratamento
O tratamento acontece após a identificação da Eritroblastose fetal em gestantes Fator Rh negativo, onde é avaliado se há algum grau de anemia fetal.
Na terapia profilática da aloimunização RhD é utiliza-se a IMUNOGLOBULINA ANTI-D, esta é originada do plasma humano. A eficácia deste tratamento está relacionada à dose correta, período de administração, idade gestacional e quantidade de hemorragia materno-fetal.
Então, está profilaxia pode ser administrada por via intramuscular ou intravenosa. Dessa forma, a imunoglobulina anti-D atravessa a placenta, se liga as hemácias fetais sem causar danos ao feto. Ex.: anemia, hemólise e icterícia.
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A saber, de acordo com o Manual Técnico: Gestação de alto risco (2012), cinco em cada mil gestantes apresentam aloimunização materno-fetal. Sendo, as principais causas a falha na administração, dosagem inadequada, uso de drogas endovenosas e transfusões sanguíneas incompatíveis.
A profilaxia da aloimunização deve ser realizada nas seguintes situações:
- Procedimentos invasivos em mulheres gestantes: amniocentese, cordocentese, biópsia de vilo corial;
- Aborto, gravidez ectópica ou mola hidatiforme;
- Após o parto de mulheres com Coombs indireto negativo e recém-nascidos Rh positivo;
- Após sangramento obstétrico (placenta prévia, por exemplo) com risco de hemorragia feto-materna signicativa.
Sendo administrada até 72 horas após o parto, aborto ou outros eventos obstétricos relacionados.
A aloimunização pode causar a hidropisia e o óbito fetal ou neonatal.
TODO feto anêmico deve receber transfusão sanguínea intraútero, para prevenção da hidropsia, pois, esta aumenta o risco de óbito fetal e sequelas neurológicas. Esse procedimento é realizado através da cordocentese e bolsa de sangue específica para este procedimento, sua realização ocorre em um centro de Medicina Fetal.
Isto posto, é muito importante que o profissional seja capacitado e também busque desenvolver e aprimorar seus conhecimentos científicos, para que possa prestar uma assistência de qualidade as suas pacientes. , do planejamento familiar até o pós-parto.
Dessa forma, não se prenda apenas à este resumo, use também as referências no final do texto, livros e outros manuais.
Referencias:
Cunha, TAA et. el.: A Importância das Orientações do Enfermeiro para gestante com Doença Hemolítica Perinatal: revisão integrativa (2020).
Araujo, RR.: Gestantes Com Fator Rh Negativo: A Atuação Do Enfermeiro (2016).
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 5. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2012.
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